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DESTAQUE DA SEMANA – FETO PASSA POR CIRURGIA PIONEIRA AINDA NO ÚTERO

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Um feto passou por uma cirurgia pioneira para reparar uma malformação em sua coluna enquanto ainda estava no útero. O procedimento foi realizado no Reino Unido após ser identificado na 20ª semana da gestação que a bebê Eloise tinha espinha bífida, um defeito congênito que causa o fechamento incompleto da coluna do bebê.

Geralmente, é tratada após o nascimento, mas o quanto antes ela é tratada com cirurgia corretiva, maiores são as perspectivas de boa saúde e mobilidade. Sua mãe, Bethan Simpson, de 26 anos, foi é uma das primeiras mulheres britânicas a passar por esse procedimento de “reparação fetal”.

Durante as quatro horas de operação, seu útero foi aberto para que os cirurgiões tivessem acesso ao bebê e pudessem fechar um pequeno espaço na sua parte inferior da coluna. Bethan e o marido Keiron foram aconselhados a interromper a gravidez depois que a condição foi identificada. Mas ela disse que “não conseguiria fazer isso com uma criança que ela podia sentir dar chutes” e que a decisão foi “óbvia”.

A cirurgia foi considerada bem-sucedida, e o nascimento da bebê está previsto para abril. Bethan foi aprovada para a realização da cirurgia no University College Hospital, em Londres, em dezembro, após uma série de exames. Ela diz que as semanas seguintes foram “uma montanha-russa”.

A operação na 24ª semana de gestação envolveu abrir seu útero para que os médicos colocassem a bebê em uma posição adequada para que pudessem reparar o orifício e reposicionar a medula espinhal. “Uma hora depois de sair da cirurgia, pude senti-la se movendo”, disse Bethan.

“Foi reconfortante sentir aquele primeiro chute depois que a anestesia passou. Ela está maior agora, e seus chutes ficaram mais fortes.” Bethan se recorda do cirurgião dizendo a ela na enfermaria logo depois da operação: “Segurei seu bebê”.

‘Não é uma cura’, diz médico

Ela é considerada a quarta paciente a se submeter a esse tipo de cirurgia no Reino Unido — o procedimento já foi realizado principalmente na Bélgica e nos Estados Unidos. No Brasil, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, a técnica de reparação fetal foi introduzida em 2011.

A partir de abril, o procedimento estará disponível no sistema de saúde pública britânico, o NHS. Duzentos bebês nascem com espinha bífida no Reino Unido todos os anos. O neurocirurgião Dominic Thompson descreveu a operação da bebê Eloise como “uma jornada incrível”.

“Até agora, quando as pessoas recebiam essa notícia devastadora, havia duas opções — prosseguir com a gravidez ou interrompê-la. Agora, há uma terceira opção”, disse ele.

“Não é uma cura. Mas há evidências suficientes de que as perspectivas são muito melhores se a cirurgia é feita precocemente.”

Gill Yaz, da organização beneficente Shine, que dá apoio a pacientes com esta condição e suas famílias, diz que, diante deste diagnóstico, há outras opções disponíveis “além de interromper a gestação”. “As pessoas precisam estar cientes de que isso não é uma cura e pode, em alguns casos, não fazer diferença alguma. Os pais precisam estar bem conscientes de todos os aspectos.”

Por sua vez, Bethan diz que os pais de crianças com espinha bífida devem considerar a cirurgia bem como “tentar todas as alternativas”.

“Mas lembre-se que a maioria das crianças que nascem com espinha bífida hoje consegue caminhar e atinge os marcos de desenvolvimento normalmente”.

A cirurgia de reparação de espinha bífida em fetos

A espinha bífida significa literalmente “espinha dividida” e ocorre quando a coluna vertebral e a medula espinhal não se formam adequadamente durante a gravidez (antes da sexta semana), deixando os nervos expostos. Isso ocorre em cerca de quatro a cada 10 mil gestações.

A causa é desconhecida, no entanto, as mães são encorajadas a tomar suplementos de ácido fólico para reduzir o risco do feto desenvolver espinha bífida no início da gravidez.

Bebês nascidos com a condição podem ficar paralisados, sofrer problemas na bexiga e intestinos – e isso pode afetar o desenvolvimento do cérebro. Estima-se que cerca de 80% das mães escolham interromper a gravidez quando a espinha bífida é diagnosticada, embora a gravidade da condição varie.

 

Fonte: Ciência e Saúde 

 

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