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Esquizofrenia atinge 2 milhões de brasileiros, mas 68% não recebem tratamento

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A esquizofrenia atinge hoje cerca de 2 milhões de brasileiros, o que representa cerca de 1% da população. Desse total, 1,4 milhão de pessoas (68%), não recebem qualquer tipo de tratamento.

Confirmando esses índices, uma pesquisa realizada pelo Ibope apontou que cerca de 410 mil pacientes apenas fazem o tratamento correto no país.

De acordo com especialistas, um dos fatores que explica essa triste realidade é o valor alto dos medicamentos e das consultas.

Outro problema é dificuldade do diagnóstico. Como normalmente o transtorno aparece entre o final da adolescência e começo da vida adulta, é facilmente confundido com rebeldia, por exemplo, o que atrasa e dificulta o tratamento correto.

Sobre a doença

A esquizofrenia é a principal doença de um grupo de transtornos psiquiátricos denominados de transtornos psicóticos. Psicose é quando uma pessoa tem alterações na apreensão e no juízo sobre a realidade (delírios) e na sensopercepção (alucinações). Além da psicose, que geralmente ocorre no momento de crise da doença, é comum o paciente apresentar alterações comportamentais decorrentes das lesões cerebrais que este quadro agudo provocou como por exemplo distúrbios cognitivos (pensamento, atenção, tomada de decisão, raciocínio abstrato, linguagem, etc) e emocionais (apatia, falta de motivação, falta de prazer, depressão, etc).

Fatores de risco

Alguns fatores podem ser considerados gatilhos importantes para o início das alterações neuroquímicas cerebrais e para o aparecimento dos sintomas da doença , como:

  • História familiar de esquizofrenia: as chances são de 10% se tiver um irmão com esquizofrenia, 18% se tiver um irmão gêmeo não-idêntico com esquizofrenia, 50% se tiver um irmão gêmeo idêntico com esquizofrenia e 80% se os dois pais forem afetados por esquizofrenia
  • Ser exposto a toxinas, vírus e à má nutrição dentro do útero da mãe, especialmente nos dois primeiros trimestres da gestação
  • Problemas no parto como falta de oxigênio (hipóxia neonatal)
  • Ter um pai com idade mais avançada
  • Uso de maconha
  • Tabagismo

Alguns sintomas da Esquizofrenia

Em homens, os sintomas de esquizofrenia costumam surgir entre os 15 e 20 anos. Já em mulheres, os sinais da doença são mais comuns beirando os 30 anos de idade. Embora seja raro, também é possível o aparecimento da esquizofrenia em crianças e adultos com mais de 50 anos.

Delírios

São alterações decorrentes da forma como o cérebro está captando a realidade e produzindo a crítica sobre a mesma. As alterações nestas áreas do cérebro produzem crenças convictas em fatos e percepções que não são compartilhadas pelas outras pessoas. Uma pessoa delirante tem certeza que está sendo prejudicada de alguma forma ou capta sinais em coisas que estão acontecendo à sua volta e chega a conclusões que não são racionais.

A pessoa com esquizofrenia pode acreditar também que seu pensamento está sendo controlado por algo ou alguém que está distante ou que ela própria consiga controlar o pensamento das outras pessoas. Os delírios mais comuns são os de estarem sendo vigiados ou perseguidos por alguém, mas existem delírios de vários outros tipos como por exemplo: de estarem controlando os outros, de estarem sendo controlados, de terem criado fui inventado algo, de estarem sendo traídos, de serem culpados por alguma catástrofe ou de estarem sendo infestados por parasitas dentro do corpo.

Alucinações

São alterações na forma como o cérebro percebe os estímulos do meio e se caracterizam pela percepção de estímulos que não existem ou que não estão sendo percebidos pelas outras pessoas como por exemplo ver coisas que só ela vê ou ouvir coisas que apenas ela escuta. No entanto, para a pessoa com esquizofrenia, essas coisas têm toda a força e o impacto de uma experiência normal. As alucinações podem estar em qualquer um dos sentidos, mas ouvir vozes é a alucinação mais comum de todas. A pessoa pode também falar sozinha interagindo com vozes que esteja ouvindo ou com imagens ou pessoas que esteja vendo.

Pensamento desorganizado

Esse sintoma pode ser refletido na fala, que também sai desorganizada e com pouco ou nenhum nexo. A ideia de que pensamento desorganizado é um sintoma da esquizofrenia surgiu a partir do discurso desorganizado de alguns pacientes. Para os médicos, os problemas na fala só podem estar relacionados à incapacidade de a pessoa formar uma linha de pensamento coerente. Neste sentido, a comunicação eficaz de uma pessoa portadora de esquizofrenia pode ser prejudicada por causa deste problema, e as respostas às perguntas feitas podem ser parcial ou completamente alheias e desconexas.

Habilidade motora desorganizada ou anormal

O comportamento de uma pessoa com esse tipo de disfunção não é focado em um objetivo, o que torna difícil para ela executar tarefas. Comportamento motor anormal pode incluir resistência a instruções, postura inadequada e bizarra ou uma série de movimentos inúteis e excessivos.

Outros sintomas

Além dos sinais citados, outros parecem estar relacionados com a esquizofrenia. Uma pessoa com a doença pode:

  • Não aparentar emoções ou apresentar apatia emocional (indiferença afetiva)
  • Não alterar as expressões faciais
  • Ter fala monótona e sem adição de quaisquer movimentos que normalmente dão ênfase emocional ao discurso
  • Diminuição da fala e prejuízo da linguagem
  • Negligência na higiene pessoal
  • Perda de interesse em atividades cotidianas
  • Isolamento social
  • Incapacidade de conseguir sentir prazer

O Psiquiatra é o profissional responsável pelo diagnóstico correto e tratamento ideal para cada paciente.

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