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Por que nem todo médico faz residência?

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A formação médica é longa e exige muita dedicação do aluno. Todos sabem da dificuldade que é ingressar em uma faculdade de medicina, devido à alta concorrência entre os candidatos, mas, engana-se quem pensa que essa é a etapa mais disputada da vida profissional de um médico.

Após concluírem o curso de graduação, normalmente os egressos do curso de medicina procuram programas de residência médica de acordo com a especialidade que pretendem seguir. Entretanto, nem sempre é possível seguir adiante neste objetivo.

Para entrar em um programa de residência, o aluno precisa participar de um processo seletivo que chega a ser até dez vezes mais concorrido que o próprio vestibular de medicina.

A primeira etapa da seleção consiste em uma prova teórica, com cerca de cem questões sobre assuntos estudados ao longo do curso: clínica médica, pediatria, cirurgia, ginecologia e obstetrícia e medicina social. Essa prova representa 90% da avaliação. Os outros 10% se dividem entre análise de currículo e entrevista pessoal.

Não raramente, médicos recém-formados estudam um ano inteiro visando a aprovação na prova que dá acesso às residências. A concorrência é acirrada, não só graças ao alto número de candidatos, mas porque todos os médicos estão em níveis semelhantes de conhecimento. A diferença entre as notas dos aprovados e dos não aprovados é pouca.

Uma nova oportunidade

E o que acontece com esses médicos que ficam de fora? Felizmente, há outras opções que vão além da residência. O formado em Ciências Médicas já é médico ao sair da faculdade, mas não tem especialização em área alguma (cardiologia ou endocrinologia, por exemplo). Sem o título de especialista, esse profissional só poderá atuar como clínico-geral.

Bom, o médico pode optar por seguir a qualificação por meio da pós-graduação lato sensu em determinada especialidade. Em geral, esses cursos têm duração de 2 anos e horários flexíveis – aulas presenciais que acontecem de 15 em 15 dias ou uma vez por mês. Isso é ótimo para quem quer continuar aprendendo, mas que quer seguir trabalhando.

É importante lembrar que o curso de pós-graduação lato sensu na medicina, diferente de outras áreas, não concede o título de especialista em determinada especialidade. Para conquistar o título, o médico precisa preencher os pré-requisitos exigidos pela sociedade médica da especialidade, realizar e ser aprovado na prova.

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