18/12/2020
Na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre o reconhecimento de um possível caso de infecção pelo fungo Candida auris no Brasil. O microrganismo foi detectado em uma amostra de ponta de cateter de um paciente internado com Covid-19. Ele estava em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para adultos na Bahia.
O resultado da análise da amostra foi confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz (LACEN/BA). O Laboratório do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) também verificou o exame. Ou seja, o exame foi checado duplamente. Um exame fenotípico será realizado para verificar o quão sensível ou resistente é o fungo.
Entendo mais sobre o Candida auris
Segundo a Anvisa: “A Candida auris é um fungo emergente que representa uma séria ameaça à saúde pública“. De acordo com o órgão regulador, o perigo do microrganismo se dá principalmente por ele ser muito resistente à medicamentos antifúngicos, geralmente usados para combater o gênero Candida. Em alguns casos, já foram até mesmo identificadas cepas de C. auris que resistiram às três principais classes de fármacos antifúngicos: polienos, azóis e equinocandinas. Em virtude disso, o C. auris é chamado de super fungo.
Fungo já era conhecido em outros países
Apesar deste ser o primeiro caso com diagnóstico confirmado no país, o fungo já é bastante habitual em outras regiões da América Latina. Em outubro de 2016, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) divulgou um alerta sobre os surtos de Candida auris no continente. A Candida auris já foi registrada em 33 países, como por exemplo Espanha, Venezuela, Estados Unidos e Paquistão.
Além disso, a Anvisa emitiu também um Comunicado de Risco, com orientações para a vigilância laboratorial, encaminhamento de isolados para laboratórios de referência e medidas de prevenção e controle de infecções pela C. auris.
Por último, uma força-tarefa nacional foi organizada para acompanhar possíveis casos e prevenir a disseminação do microrganismo no país. As autoridades de saúde também investigam se o caso de Salvador é isolado ou se o fungo já haveria se espalhados por outras regiões do Brasil.
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