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Cuba encerra parceria com o Programa Mais Médicos

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O governo de Cuba anunciou nesta quarta-feira (14) o fim de sua participação do programa Mais Médicos no Brasil.

Em nota divulgada pelo Ministério da Saúde do país caribenho, a decisão é atribuída a questionamentos feitos pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, à qualificação dos médicos cubanos e ao seu projeto de modificar o acordo, exigindo revalidação de diplomas no Brasil e contratação individual.

Um dos programas mais conhecidos na saúde, o Mais Médicos foi criado em 2013, visando ampliar o número desses profissionais no interior do país.
Atualmente, o programa Mais Médicos soma 18.240 vagas. Destas, cerca de 8.500 são ocupadas por médicos cubanos, selecionados para vir ao Brasil por meio de um convênio com a Opas (Organização Pan-americana de Saúde). Outras 4.72 são ocupadas por brasileiros formados no Brasil e 3.430 por intercambistas (médicos brasileiros formados no exterior ou de outras nacionalidades).

Na nota, o governo cubano chama de inaceitáveis as ameaças de alterações no termo de cooperação firmado com a Opas e diz que o povo brasileiro saberá a quem responsabilizar pelo fim do convênio.

Em geral, os médicos cubanos ficam em municípios menores e mais distantes das capitais, onde há menos interesse de brasileiros em ocupar as vagas. Além disso, seus contratos possuem validade por três anos.

Ainda não há informações de como deve ocorrer a saída dos profissionais, mas a previsão é que os médicos deixem o país até 31 de dezembro.
O governo cubano afirma no documento, que desde a implantação do programa, 20 mil profissionais atenderam a mais de 113 milhões de brasileiros, em 3.600 municípios.

Fonte: Folha de São Paulo

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